Principais siglas do Mercado Livre de Energia

Ingressar no Mercado Livre de Energia pode parecer desafiador no início — afinal, esse ambiente tem seus próprios termos e dinâmicas. Para negociar com segurança e tomar decisões mais conscientes, é essencial conhecer as siglas mais utilizadas nesse setor.

A seguir, apresentamos algumas abreviações que fazem parte do vocabulário básico do Mercado Livre de Energia. Algumas provavelmente já fazem parte do seu cotidiano, mas compreender o que cada uma delas significam é um bom primeiro passo para se familiarizar com esse ambiente de oportunidades:

1. ACL – Ambiente de Contratação Livre

A expressão Ambiente de Contratação Livre é sinônimo de “Mercado Livre de Energia”, mas a sigla utilizada pelo setor para definir este espaço em que consumidores, comercializadores e geradores negociam livremente a compra e venda de energia, é ACL. 

2. CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica

É a entidade responsável por organizar e viabilizar a comercialização de energia no Brasil, registrando contratos, medindo consumos e calculando as liquidações financeiras. A CCEE é uma sociedade civil de direito privado, sem fins lucrativos, mantida e composta pelos agentes que formam o mercado brasileiro de energia elétrica.

3. ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica
   É o órgão regulador do setor, responsável por normatizar, fiscalizar e mediar as relações entre os agentes do mercado de energia.

4. SIN – Sistema Interligado Nacional 

É o sistema de geração e transmissão de energia elétrica que conecta o território brasileiro, permitindo que a energia gerada em uma região abasteça outra. Coordenado pelo ONS (veja abaixo), o SIN garante o fornecimento contínuo, seguro e eficiente em quase todo o território nacional.

5. ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico

É o órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) e pelo planejamento da operação dos sistemas isolados do país. Gerencia em tempo real a operação do sistema elétrico brasileiro, assegurando o equilíbrio entre oferta e demanda em nível nacional.  Pessoa jurídica de direito privado, sob a forma de associação civil sem fins lucrativos, é composto por empresas de geração, transmissão, distribuição, consumidores livres, importadores e exportadores de energia. Também participam o Ministério de Minas e Energia (MME) e representantes dos Conselhos de Consumidores.

6. MME – Ministério de Minas e Energia 

É órgão do governo federal brasileiro responsável por formular e executar políticas para o setor de mineração, petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia elétrica e transformação mineral.

7. MCP – Mercado de Curto Prazo

É onde ocorrem os ajustes financeiros das diferenças entre a energia contratada e a efetivamente consumida ou gerada. Essas diferenças são calculadas pela CCEE e liquidadas com base no PLD (que explicamos a seguir).

8. PLD – Preço de Liquidação das Diferenças

É o preço calculado semanalmente pela CCEE, com base em modelos matemáticos e condições de oferta e demanda. O PLD é utilizado para valorizar a energia no MCP e pode variar conforme o cenário do sistema elétrico.

9. TUSD – Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição

Mesmo no Mercado Livre, os consumidores continuam utilizando a infraestrutura das distribuidoras para receber a energia. A TUSD é a tarifa paga à distribuidora pelo uso dessa rede, independentemente de quem a energia foi adquirida.

10. TE – Tarifa de Energia 

É o valor efetivamente cobrado pela energia consumida. No Ambiente Livre, o valor da TE pode ser negociado com maior flexibilidade.

11. TUST – Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão

Este encargo semelhante é semelhante à TUSD, porém se aplica em grandes consumidores de energia que estão conectados diretamente ao sistema de transmissão, como indústrias de grande porte. 

12. CVU – Custo Variável Unitário
    Utilizado na formação de preços no mercado de energia, representa o custo de operação de usinas térmicas e influencia a formação de preços no Mercado Livre de Energia. 

13. ESS – Encargos de Serviços do Sistema
    São valores destinados a cobrir os custos de serviços e ações que garantem a confiabilidade e segurança do sistema elétrico, como a manutenção da capacidade de geração e a operação do sistema em momentos de maior demanda ou restrição. Esses encargos são repassados a todos os consumidores, tanto livres quanto cativos, e são cobrados na conta de luz. 
14. EER – Encargos de Energia de Reserva
    É um encargo destinado cobrir os custos da contratação de energia de reserva, ou seja, energia que não é utilizada na operação normal do sistema, mas que fica disponível para ser utilizada em situações de emergência, quando há alguma dificuldade na geração de energia ou um pico de demanda muito alto. 

15. PROINFA – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia
    Encargo que subsidia a inserção de fontes renováveis como eólica, biomassa e PCHs, diversificando a matriz energética brasileira.

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O Mercado Livre de Energia pode ser técnico, mas não precisa ser complicado.  Dominar esses termos ajuda você a interpretar relatórios, acompanhar seu contrato e conversar com segurança com fornecedores e parceiros. Mas você não precisa fazer isso sozinho: ao optar pela Coprel Comercialização, você conta com uma equipe especializada que traduz essas siglas em soluções práticas para o seu negócio.

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